O Parque Tenente Siqueira Campos, em homenagem ao militar, político brasileiro e um dos heróis da Revolução do forte de Copacabana, na Revolta Tenentista de 1924. Foi inaugurado no dia 3 de abril de 1892, durante processo de urbanização da cidade de São Paulo, um ano após a abertura da Avenida Paulista. Foi projetado pelo paisagista francês Paul Villon e inaugurado pelo inglês Barry Parker. Naquela época, o ambiente cultural da aristocracia cafeeira, era dominado por influências do romantismo europeu do século XIX; dessa forma, o parque acabou ganhando ares de um jardim inglês, o piso das pistas e trilhas do parque, é formado por pedras portuguesas. Frequentado pela intelectualidade paulistana, logo transformou-se em símbolo da riqueza dos barões do café. O nome Trianon foi dado por conta da existência do Restaurante Trianon, inaugurado em 10 de junho de 1916, que foi criado e fundado pelos irmãos Vicente Rosati e Luigi Rosati (imigrantes italianos provenientes da cidade de Fontecchio), nas dependências do Belvedere da Paulista, localizado em frente ao parque, onde hoje está situado o MASP - Museu de Arte de São Paulo. O arquiteto Ramos de Azevedo desenvolveu, de 1911-1914, na administração do Barão de Duprat, o projeto chamado Belvedere, construído em 1916 e demolido em 1951 para dar lugar à primeira edição da Bienal de Arte de São Paulo. O Parque foi comprado pela Prefeitura com auxílio financeiro da Câmara Municipal, em 1911. A partir de 1968, na gestão do prefeito Faria Lima, o parque passou por várias mudanças que tiveram a assinatura do paisagista Burle Marx e do arquiteto Clóvis Olga. O parque é tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP.
Apesar do parque ser localizado no meio da Avenida Paulista, a sua criação foi essencial para preservação da vegetação, remanescente da Mata Atlântica. O espaço de 48,6 mil m² transformam-se em uma ilha, no meio da selva de concreto. Sua flora é composta por com grandes exemplares de araribá, canela-amarela, jequitibá, cedro-rosa, sapucaia, pau-ferro, sapopemba e tamboril. Além de abiurana, tapiá-guaçu, palmito-jussara, andá-açu, guaraiúva e camboatá. Foram registradas 135 espécies, das quais 8 estão ameaçadas como a cabreúva, o chichá e o palmito-jussara. Também são observadas 34 espécies de aves: gavião-carijó, tuim, anu-preto, beija-flor-de-peito-azul, pica-pau-do-campo, bentevizinho-de-penacho-vermelho, pitiguari, tico-tico e sabiás. Corujinha-do-mato e coruja-orelhuda. O parque Trianon, é um ótimo lugar em contato com a natureza e bom para relaxar da correria intensa da avenida Paulista, tornando-se um refúgio de descanso e lazer com playgrounds, aparelhos de ginástica, sanitários públicos e outros atrativos, como a Trilha do Fauno, um caminho com 600 metros que conecta a Avenida Paulista à Alameda Santos. Vale destacar as obras de artes, assinadas por Victor Brecheret (O Fauno), Luiz Brizzolara (Monumento ao Anhanguera), e Francisco Leopoldo Silva (Aretusa). Outro homenageado é o compositor Paulo Vanzoline, cujo nome identifica a passarela que une as duas partes do parque. Quanto à segurança, além dos vigias tem os guardas da GCM, que percorrem o parque, normalmente de bicicletas, transmitindo a sensação de tranquilidade para seus frequentadores.
Maníaco do Trianon
História real de Fortunato Botton Neto, um garoto de programa, que ficou conhecido como o Maníaco do Trianon, considerado serial killer brasileiro. Nascido na capital paulista e fugido de casa ainda criança. Viveu de esmolas na rua e alegou ter sido estuprado por um caminhoneiro quando tinha 8 anos. Foi daí que, segundo ele, teria surgido sua raiva incontrolável por pessoas fisicamente mais fortes. No início dos anos 80, começou a atuar como garoto de programa nos arredores da av. Paulista e um dos seus “pontos” era o parque Trianon, conhecido antigamente como local de prostituição masculina. Entre 1986 e 1989, uma série de misteriosos assassinatos, assustaram a cidade de São Paulo. Um decorador, um psiquiatra, um diretor de teatro e um professor figuravam numa longa lista de mortos. Em comum, as vítimas eram homens, que tinham de 30 a 60 anos, viviam sozinhos, eram independentes financeiramente e todos eram homossexuais, brutalmente assassinados com requintes de extrema crueldade. Em outubro de 1987, o corpo de um psiquiatra, foi encontrado em seu apartamento pela empregada. Estava com pés e braços amarrados na cama, com uma meia na boca, facadas no pescoço, tórax e abdômen, e segundo a autópsia, uma alta dose de álcool no sangue. Essa foi a primeira vítima do maníaco. A frieza com que Neto relatou este e os demais crimes, chocaram os mais experientes policias da época, que trabalhavam no caso. O maníaco foi preso em flagrante, por extorsão, em junho de 1989. Ele admitiu dez assassinatos e foi condenado a oito anos de prisão. Morreu no presídio de Taubaté em São Paulo em fevereiro de 1997, de broncopneumonia decorrente da AIDS, que adquiriu de uma de suas vítimas.
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