quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Parque Trianon

O Parque Tenente Siqueira Campos, em homenagem ao militar, político brasileiro e um dos heróis da Revolução do forte de Copacabana, na Revolta Tenentista de 1924. Foi inaugurado no dia 3 de abril de 1892, durante processo de urbanização da cidade de São Paulo, um ano após a abertura da Avenida Paulista. Foi projetado pelo paisagista francês Paul Villon e inaugurado pelo inglês Barry Parker. Naquela época, o ambiente cultural da aristocracia cafeeira, era dominado por influências do romantismo europeu do século XIX; dessa forma, o parque acabou ganhando ares de um jardim inglês, o piso das pistas e trilhas do parque, é formado por pedras portuguesas. Frequentado pela intelectualidade paulistana, logo transformou-se em símbolo da riqueza dos barões do café. O nome Trianon foi dado por conta da existência do Restaurante Trianon, inaugurado em 10 de junho de 1916, que foi criado e fundado pelos irmãos Vicente Rosati e Luigi Rosati (imigrantes italianos provenientes da cidade de Fontecchio), nas dependências do Belvedere da Paulista, localizado em frente ao parque, onde hoje está situado o MASP - Museu de Arte de São Paulo. O arquiteto Ramos de Azevedo desenvolveu, de 1911-1914, na administração do Barão de Duprat, o projeto chamado Belvedere, construído em 1916 e demolido em 1951 para dar lugar à primeira edição da Bienal de Arte de São Paulo. O Parque foi comprado pela Prefeitura com auxílio financeiro da Câmara Municipal, em 1911. A partir de 1968, na gestão do prefeito Faria Lima, o parque passou por várias mudanças que tiveram a assinatura do paisagista Burle Marx e do arquiteto Clóvis Olga. O parque é tombado pelo CONDEPHAAT e pelo CONPRESP.

Apesar do parque ser localizado no meio da Avenida Paulista, a sua criação foi essencial para preservação da vegetação, remanescente da Mata Atlântica. O espaço de 48,6 mil m² transformam-se em uma ilha, no meio da selva de concreto. Sua flora é composta por com grandes exemplares de araribá, canela-amarela, jequitibá, cedro-rosa, sapucaia, pau-ferro, sapopemba e tamboril. Além de abiurana, tapiá-guaçu, palmito-jussara, andá-açu, guaraiúva e camboatá.  Foram registradas 135 espécies, das quais 8 estão ameaçadas como a cabreúva, o chichá e o palmito-jussara. Também são observadas 34 espécies de aves: gavião-carijó, tuim, anu-preto, beija-flor-de-peito-azul, pica-pau-do-campo, bentevizinho-de-penacho-vermelho, pitiguari, tico-tico e sabiás. Corujinha-do-mato e coruja-orelhuda. O parque Trianon, é um ótimo lugar em contato com a natureza e bom para relaxar da correria intensa da avenida Paulista, tornando-se um refúgio de descanso e lazer com playgrounds, aparelhos de ginástica, sanitários públicos e outros atrativos, como a Trilha do Fauno, um caminho com 600 metros que conecta a Avenida Paulista à Alameda Santos. Vale destacar as obras de artes, assinadas por Victor Brecheret (O Fauno), Luiz Brizzolara (Monumento ao Anhanguera), e Francisco Leopoldo Silva (Aretusa). Outro homenageado é o compositor Paulo Vanzoline, cujo nome identifica a passarela que une as duas partes do parque. Quanto à segurança, além dos vigias tem os guardas da GCM, que percorrem o parque, normalmente de bicicletas, transmitindo a sensação de tranquilidade para seus frequentadores.

Maníaco do Trianon

História real de Fortunato Botton Neto, um garoto de programa, que ficou conhecido como o Maníaco do Trianon, considerado serial killer brasileiro. Nascido na capital paulista e fugido de casa ainda criança. Viveu de esmolas na rua e alegou ter sido estuprado por um caminhoneiro quando tinha 8 anos. Foi daí que, segundo ele, teria surgido sua raiva incontrolável por pessoas fisicamente mais fortes. No início dos anos 80, começou a atuar como garoto de programa nos arredores da av. Paulista e um dos seus “pontos” era o parque Trianon, conhecido antigamente como local de prostituição masculina. Entre 1986 e 1989, uma série de misteriosos assassinatos, assustaram a cidade de São Paulo. Um decorador, um psiquiatra, um diretor de teatro e um professor figuravam numa longa lista de mortos. Em comum, as vítimas eram homens, que tinham de 30 a 60 anos, viviam sozinhos, eram independentes financeiramente e todos eram homossexuais, brutalmente assassinados com requintes de extrema crueldade. Em outubro de 1987, o corpo de um psiquiatra, foi encontrado em seu apartamento pela empregada. Estava com pés e braços amarrados na cama, com uma meia na boca, facadas no pescoço, tórax e abdômen, e segundo a autópsia, uma alta dose de álcool no sangue. Essa foi a primeira vítima do maníaco. A frieza com que Neto relatou este e os demais crimes, chocaram os mais experientes policias da época, que trabalhavam no caso. O maníaco foi preso em flagrante, por extorsão, em junho de 1989. Ele admitiu dez assassinatos e foi condenado a oito anos de prisão. Morreu no presídio de Taubaté em São Paulo em fevereiro de 1997, de broncopneumonia decorrente da AIDS, que adquiriu de uma de suas vítimas.

Rua Peixoto Gomide, 949 - Cerqueira César
Horário: Aberto diariamente das 6h às 18h 
(11) 3253-4973 / 3289-2160


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