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É um dos sítios arqueológicos mais antigo e importante do Brasil, localizado na Chapada do Apodi, no sertão nordestino do estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de uma área extensa com formação rochosa calcária com idade geológica estimada em 90 milhões de anos. Já foi tema de inúmeras reportagens na TV, inclusive documentário de 30 minutos na BBC de Londres, ocupando páginas de revistas e jornais de circulação nacional e internacional. Depois que o mar recuou, a erosão causada pelas chuvas nas rochas calcárias criou fendas e cavernas que já foram habitadas por homens pré-históricos, gerando a chamada arte rupestre e fósseis da Era Glacial. Os turistas que visitam o local são acompanhados por guias, que percorrem cavidades formando uma espécie de labirinto natural nas rochas e tem 53 painéis espalhados em três áreas demarcadas: Araras, Urubu e Olho d’Água. Em cada parada encontram-se desenhos de araras, garças, lagartos e formas geométricas ainda não decifradas feitas com as pontas dos dedos, com pequenos galhos, pincéis primitivos e com carimbos desenhados nas mãos. As cores das “tintas” eram obtidas com o uso do óxido de ferro, sangue de animais e gorduras vegetal e animal. Segundo pesquisadores, os desenhos dessas pinturas teriam sido feitos por índios que habitavam essa região entre cinco mil e três mil anos atrás. Eram grupos nômades, caçadores que, segundo os guias, provavelmente utilizavam os caminhos naturais para encurralar os animais que caçavam. No Lajedo também foram encontrados fósseis de animais como ossos de mastodontes, preguiças, tatus gigantes e moluscos petrificados.
Segundo os geólogos da Petrobras, que na década de 90 ajudaram a população a criar a Fundação Amigos do Lajedo de Soledade (FALS) e a instalar o Museu e o Centro de Atividades do Lajedo (CAL). O sítio arqueológico é fonte inesgotável de conhecimento científico para centenas de pesquisadores, inclusive as mais respeitadas do mundo. Vale ressaltar que toda esta preservação começou em 1978 pela historiadora e ambientalista apodiense, Maria Auxiliadora da Silva Maia, conhecida por Dodora, iniciou uma luta solitária pela preservação das pinturas rupestres. Mas, seu trabalho só veio ter reconhecimento 13 anos depois (1991), quando a Petrobras, através de Geraldo Gusso (Peninha), tomou conhecimento do Lajedo e “ouviu falar” da luta solitária de Dodora. Após reunirem um grupo de ambientalistas em Natal, entre os quais o geólogo Eduardo Bagnoli e o espeleólogo David Hasset, foi feita uma campanha de salvamento das áreas, tendo a Petrobrás apoiado a luta, financiado a construção do Museu de Arqueologia e a delimitação e cercamento das áreas com pinturas rupestres, desta forma, impedindo que esse patrimônio arqueológico fosse destruído pela extração de rocha calcária, usada para produção de cal. O Lajedo de Soledade e o Museu Soledade ficam aberto de terça a domingo, das 7h às 17h, sempre com acompanhamento de guia da fundação. Para cada grupo de até 15 pessoas é cobrada a taxa de R$ 30,00 do trabalho do guia na condução e acesso ao sítio arqueológico. Já para as visitas individuais são cobrados o valor de R$ 5,00.
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