Mesmo distante de Osasco, costumo ir pelo menos 2 vezes no mês, para degustar o mesmo cachorro-quente, na mesma barraca próximo ao shopping... já virou um hábito! Até existe vários tipos de “hot-dog”, “Dogão” ou “Podrão”, conforme cidade os ingredientes podem variar, desde a tradicional salsicha, até opções mais robustas como carne moída, frango desfiado, ovo de codorna, milho, ervilha, batata palha e até mesmo queijo ralado. Tem lugares que transforma o simples lanche, em uma refeição. Mas, nada supera o cachorro-quente de Oz, mesmo não tendo uma variedade de ingredientes, que supere os paladares mais exigentes. Ainda assim, quem come... jamais esquece e sempre volta! Em 2023, o famoso lanche osasquense, foi declarado Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade, pelo prefeito Rogério Lins, sancionou a Lei nº 5.279 de autoria dos vereadores pastora Cristiane Celegato e Michel Figueredo, apresentado na Câmara Municipal e aprovada em duas discussões. Osasco conta com quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os bairros. No calçadão da área central, cada carrinho vende de 25 a 60 lanches por dia, dependendo do tempo e também do movimento no comércio. Com mais de 40 mil hot dog vendidos por dia, a procura é tão grande que a prefeitura, instituiu um esquema de rodízio de carrinhos, para que, os melhores pontos não sejam monopolizados. Antes havia um certo preconceito, em transformar o lanche tão popular e barato, logo tornou-se em um ponto gastronômico, recomendado por aqueles que circulam nas lojas e aproveitam um tempinho para comer seu dog.
Tudo começou, na década de 1980, Osasco era uma
cidade industrial, que sofreu impactos diretos da instabilidade econômica,
devido ao desemprego e a inflação do fim da Ditadura Militar, fazendo muita
gente ficar sem emprego e para seguir com a vida, começaram a vender
cachorro-quente, nos arredores da estação de trem. Foi um movimento natural,
como opção de trabalho fazendo aumentar a quantidade de carrinhos na região. A
forma de sustentar família, já passou para as filhas e netas são a segunda geração,
inclusive virou negócio com contratação de funcionárias. Somente, em 2012, o
publicitário Marcos Mello, cria o primeiro concurso de cachorro-quente de
Osasco, amplamente coberto pela imprensa, sobretudo pela televisão Globo, promovendo
e começando a criar a fama de Osasco, como a capital do cachorro-quente do Brasil.
Em 2013, o segundo concurso, realizado na praça Antônio Menck, reuniu cerca de
15 mil pessoas. Mais de nove mil cachorros-quentes foram vendidos em um dia. Então
a cidade se preparou para quebrar o recorde chileno de maior cachorro-quente do
mundo, segundo o Guinness World Records. Osasco venceu Santiago com 340 lanches
enfileirados. No aniversário da cidade, foi distribuído o maior cachorro-quente
do Brasil, com 62 metros. Ainda em 2014, a visita da então presidente Dilma
Roussef a Osasco chama ainda mais a atenção para a associação entre o lanche e
a cidade. Osasco já conquistou dois títulos em 2023, certificados pela
empresa Ranking Brasil: o maior cachorro-quente contínuo do Brasil e a maior
distribuição de cachorro-quente. Agora, em 2024, a cidade busca superar essas
marcas com um dogão ainda mais grandioso.
Vejam mais fotos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário