quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Entrevista com Zé Geraldo

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Nascido numa pequena cidade chamado Rodeiro, que fica no interior de Minas Gerais. Quando tinha 6 anos, a família mudou-se para Governador Valadares, município também localizado no estado mineira. Ao completar 18 anos, decide mudar-se para São Paulo, com a intenção de estudar e trabalhar. Durante as férias de fim de ano com a família na cidade natal, um acidente automobilístico mudou o rumo de sua história e o sonho de se tornar jogador de futebol, foi substituído pelos acordes de um violão, deixado pelo amigo Paulo Cotta, e logo desenvolveu o lado compositor. Para fazer o tratamento de fisioterapia, escolheu ficar em Santos. Nesse mesmo período, através do primo Zé Ferreira, conhece uma banda que tocava em bailes, chamada The Black Cats - posteriormente Blow Up - da qual passa a fazer parte, cantando em inglês. Aproveitando o momento, ZeGê, seu primeiro nome artístico, grava três compactos e um LP na Gravadora Rozemblitt. Ainda com ajuda Através do primo Ferreira e mais dois empresários (Sr. Roberto Borroughs e Mario Freitas), chegou à gravadora que ficava na Rua Conselheiro Nébias, travessa da Av. Duque de Caxias. Lá conheçou o trio vocal carioca The Snacks (Edson Trindade, Altair e Fernando), e foi morar com eles. Dias depois, chegou um amigo vindo dos Estados Unidos e se juntou a turma, seu nome era Tim Maia. Rotulado como cantor romântico, não se sentia à vontade como artista, e decide cantar suas principais influências: Bob Dylan, Rolling Stones, Ataulfo Alves entre outros. Por 8 anos, foi integrante da Banda Thoró tocando nos bailes da noite paulistana. Tendo adquirido experiência de palco, decidi participar de festivais de música.

Inscreve uma música no festival promovido pela Ericsson, em São Paulo. Alcança o primeiro lugar e um mês depois, participa do Festival de Ilha Solteira com a canção "Promessas de um idiota as seis da manhã", de onde saiu vitorioso. Durante este festival, conheceu o compositor Lúcio Barbosa, segundo colocado que lhe mostrou a música "Cidadão". Zé Geraldo ao ouvir essa canção, se emocionou e pediu para que o deixasse gravá-la, pois já estava em negociação com a gravadora CBS, e durante o regime militar foi lançado o primeiro disco "Terceiro Mundo" em 1979. Acreditando ter tomado a decisão certa para sua vida, resolveu abandonar o emprego de executivo de RH no extinto banco Sulbrasileiro, e segue a carreira artística representando o chamado Rock Rural, estilo musical que surgiu nos anos 70, com influências do folk-rock, trazendo uma linguagem poética referente aos temas do campo. Em 1980, participa do festival MPB Shell com a música “Rio Doce”, e é elogiado por Luiz Gonzaga pela composição. No ano seguinte, participa do mesmo Festival, realizado pela Rede Globo, colocando "Milho aos pombos" nas finais, e tendo a partir de então ainda mais reconhecimento popular devido ao grande alcance do evento. Por ser fiel ao seu estilo musical, todas as gravações mantiveram a coerência, originalidade e identidade do cantor, causando dificuldades no início de carreira para se posicionar no meio artístico e decide abandonar as grandes gravadoras, por diversas razões e consequentemente não recebe atenção da grande mídia e torna-se artista independente. Porém, mantinha uma relação com seu público fiel, que foi fundamental para sua vida.

A partir dos anos 80, segue uma sequência de apresentações e a cada 2 anos lança um novo trabalho. No ano de 2001, recebe uma homenagem-surpresa dos amigos de Rodeiro, cidade onde nasceu. Uma estátua em bronze em tamanho real é instalada no trevo de entrada da cidade. Depois de um longo período, sem produzir um novo álbum, é apresentado em 2010, seu espetáculo "Cidadão 30 e Poucos Anos", foi registrado ao vivo, no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e transformado em CD/ DVD. Contou com participações especiais de sua filha Nõ Stopa, Xangai, Geraldo Azevedo, Chico Teixeira e Landau. Em agosto de 2013, lança o clipe "Roqueiro da Roça" na internet, para promover o seu novo CD, que levará o mesmo título. No ano seguinte, é lançado o clipe da música "O amor não morre", de João Carreiro, no qual participa como ator. Em 2017, se junta com Bruno Caliman para lançarem a faixa “Enquanto há tempo”, mostrando que o folk de protesto continua bem vivo.

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