quinta-feira, 5 de maio de 2022

Dia do Trabalho

Na maioria dos países industrializados o dia 1º de Maio, trata-se de uma data comemorativa para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Desde o final do século XIX, é considerado uma homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morreram após julgamento em Chicago (EUA), por participarem da Revolta de Haymarket, considerada uma das origens das comemorações internacionais do Dia Mundial dos Trabalhadores. Tudo começou no dia 04 de Maio de 1886, quando uma grande manifestação pacífica de trabalhadores na cidade de Illinois, protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos, ocorrendo vários confrontos dos manifestantes com a polícia, principalmente depois que um desconhecido lançou uma bomba no local onde policias estavam posicionados, matando um e ferindo outros 7 que morreram mais tarde, como resposta, a polícia imediatamente abriu fogo contra os manifestantes, resultando na morte de diversos trabalhadores. Em busca dos organizadores da manifestação, foram presos oito militantes anarquistas incriminados pelos acontecimentos dos protestos sem evidencias de provas. No dia seguinte, uma grande campanha foi organizada para impedir a condenação de seus companheiros, mas infelizmente o veredito final decidiu sentenciá-los a morte. Três anos mais tarde, no dia 20 de Junho de 1889, a Segunda Internacional Socialista reuniu-se em Paris e decidiu por proposta em convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago, tornando-se feriado e seguido por muitos outros países.


No Brasil, a data é conhecida como o Dia do Trabalho e comemorada desde 1925, quando o presidente Artur Bernardes declarou feriado nacional. Desde então, o país passou a entender melhor o significado social e histórico das reinvidicações dos operários. Naquele momento apareceu no cenário político nacional a figura de Getúlio Vargas, que foi muito importante na criação das leis trabalhistas. Getúlio era chamado de "Pai dos Pobres". Foi ele quem criou o Ministério do Trabalho e as primeiras leis trabalhistas. Em 1931, no entanto, Vargas seguindo o modelo do ditador fascista italiano Benito Mussolini, criou a Lei de Sindicalização, ou seja, os estatutos dos sindicatos do país deveriam passar pela aprovação do Ministério do Trabalho, passando a surgir certos tipos de agremiações das classes operárias de fabricas que eram bastante comuns, embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências anarquistas e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo. Os trabalhadores brasileiros aproveitavam este dia para fazer manifestações politicas, marcado por piquetes e passeatas de carácter reivindicativo, promovidas pelos sindicatos. Depois de muitos anos, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações organizadas todo ano pela Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada ao partido do PDT) com grandes shows de músicas populares e sorteios de carros e casas próprias. 

São José dos Operários

O Papa Pio XII, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: o santíssimo São José, considerado o padroeiro dos operários de Nazaré e um verdadeiro exemplo a ser seguido. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e permitiu que as profecias se cumprissem.

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